Os personagens d'O Extraordinário Circo do Bipo convivem com suas anomalias e estão em busca para a cura para suas enfermidades psíquicas (as doenças psiquícas são nomenclaturas), não para serem socialmente aceitos e reingressarem na sociedade. Eles buscam a cura para seus transtornos (que não necessariamente tem um nome) para conseguirem viver mais um dia, para evoluirem enquanto seres humanos. Poderiam eles serem inseridos na sociedade "civilizada"? Que espaço ocupariam nela? O Circo é o Lar da aberração.
No decorrer dos episódios permanecem anormais, ou seja, normais, do jeito que sempre foram. O conceito de normalidade tem que ser revisto. É preciso permitir uma desconstrução ideológica do conceito de normalidade. A cada capítulo, nossos personagens (os heróis da trama, no caso os sujeitos “com anomalias”, enfrentam seus inimigos (a sociedade, a família, a noção de normalidade, as "doenças" psíquicas, etc) com a ajuda de aliados – as pessoas que chegarão até o circo, que tiveram que enfrentar seus medos, suas provações. Cada personagem tem um ponto temível (que deve ser enfrentado).
Que tipo de vida é melhor viver? Que tipo de pessoa é melhor ser? Esse é o problema da modernidade: a busca de valor num mundo que gira em torna de padrões simétricos (?), moldes, modelos pré-definidos.
Há 6 anos
Sem comentários:
Enviar um comentário